Neste documento caracterizamos a atual posição das agências de notícias, num contexto de mudança e de novos atores no quadro das transformações que ocorrem a um ritmo elevado no universo dos media. Estas transformações, potenciadas pelo crescimento dos domínios online, obrigam a um reposicionamento e a um redesenhar de estratégias nos sectores mais tradicionais, associados ao papel e caracterizados por uma audiência mais passiva, que esperava pelo jornal na manhã seguinte ou pelo noticiário de televisão para obter notícias e para se informar sobre assuntos que já teriam acontecido, mas que levavam o seu tempo a ser preparados em cada redação.

Ora, era neste contexto que atuavam também as agências de notícias, no fornecimento de notícias aos principais meios de comunicação social, para que estes as pudessem utilizar em boletins informativos. Mas esta realidade está longe de ser a mesma, e as agências de notícias experimentam hoje basicamente os mesmos desafios que são apontados a qualquer meio tradicional.

O desafio de atuar segundo quatro palavras-chave: convergência, ubiquidade, antecipação e visão longo-prazo, num contexto de maior interação entre produtores e consumidores de serviços noticiosos e conteúdos informativos, na lógica do B2C, e numa realidade em que a rapidez e imediatismo impostos pelo avanço das redes sociais parece ditar tudo o resto.